Lucro da Movida cai 94% no segundo trimestre

Movida registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,6 milhões no segundo trimestre, queda de 93,7% em relação ao mesmo período de 2019, quando ficou em R$ 41,5 milhões. Em comparação aos primeiros três meses do ano, o lucro caiu 95,3% — na ocasião, foi de R$ 55,1 milhões.
Apesar do tombo, o CFO Edmar Lopes Neto afirma que há uma recuperação da demanda em curso, visível nos últimos meses. Ele diz que a empresa está "cautelosamente otimista" sobre a volta ao crescimento, mesmo em meio à crise. "Também acho que dificilmente voltaremos para a quarentena, o que ajuda a demanda" , diz ele.
A receita líquida da Movida teve alta de 5,8% na base anual, para R$ 1,05 bilhão — 3,6% maior do que no primeiro trimestre. A receita líquida com venda de ativos subiu 21,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo R$ 749,1 milhões. A receita líquida de serviços, de outro lado, encolheu 19,8%, na mesma base de comparação, para R$ 298,7 milhões.
Houve uma redução da margem bruta da receita de serviços, caindo 1,3 ponto frente ao 2º trimestre de 2019, refletindo os efeitos da pandemia nos negócios. Mas os piores meses ficaram para trás.
"Se esta pergunta fosse feita há 80 dias, eu ia falar que estava muito preocupado", diz ele. "Abril e maio foram meses muito ruins para uma indústria que crescia bem todos os anos, mas junho vimos recuperação bastante interessante, eu diria até forte."
Segundo o CFO, já houve melhora na procura pelo RAC, segmento de aluguel de carros recentemente. A visão dele é que que a crise deva trazer atrair pessoas para o turismo doméstico usando carros, não ônibus, favorecendo os resultados corporativos. "O carro sai mais forte da pandemia", afirma.