Publicado por Admin em 08/09/2020 às 18:14

Ibovespa fecha em queda com NY e tombo do petróleo, mas sustenta 100 mil pontos

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, com Petrobras entre as maiores baixas na esteira do tombo do petróleo no exterior, em sessão também negativa em Wall Street, enquanto, no Brasil o cenário fiscal continua preocupando.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em declínio de 1,18%, 100.050,43 a pontos, após ser negociado abaixo dos 100 mil pontos na mínima. A partir desta sessão, a carteira teórica do Ibovespa passou a incluir as ações da Eztec (EZTC3) e da PetroRio (PRIO3). Na volta de fim de semana prolongado por feriado na segunda-feira, o volume financeiro somou 25,5 bilhões de reais.

Em Wall Street, que também não abriu na segunda-feira por feriado nos Estados Unidos, o Nasdaq recuou mais de 4%, conforme o 'sell-off' em ações de tecnologia continuou pelo terceiro pregão seguido. O S&P 500 caiu 2,78%.

Novos ruídos nas relações China-Estados Unidos corroboraram o viés negativo, entre eles uma potencial sanção norte-americana contra a fabricante de chips SMIC e comentários do presidente Donald Trump de que a economia dos EUA se descole da China.

DESTAQUES

PETROBRAS PN (PETR4) e PETROBRAS ON (PETR3) caíram 2,88% e 3,47%, respectivamente, afetadas pelo forte declínio dos preços do petróleo no exterior. O Brent fechou em baixa de 5,3%, a 39,78 dólares o barril. A companhia também anunciou que reduzirá os preços médios do diesel e da gasolina em 5% nas suas refinarias a partir de quarta-feira.

- PETRORIO ON recuou 6,08% em sua estreia no Ibovespa, tendo ainda de pano de fundo dados operacionais - preliminares e não auditados - que mostraram produção total de 33.319 barris de óleo equivalente por dia.

- VIA VAREJO ON (VVAR3) fechou em baixa de 3,97%, com ações de varejistas com forte atuação no comércio eletrônico mais uma vez sofrendo correção, enquanto ainda figuram entre as maiores valorizações do Ibovespa em 2020. B2W ON (BTOW3) cedeu 2,87% e MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) perdeu 1,22%.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,24% e BRADESCO PN (BBDC4) cedeu 1,59%, sucumbindo ao ambiente de maior aversão a risco na bolsa paulista.

- VALE ON (VALE3) caiu 2,02%, diante da queda dos preços do minério de ferro na China e a notícia de que não obteve acordo para vender sua fatia de 95% na Nova Caledônia para a New Century Resources (NCZ). No setor de mineração e siderurgia, CSN (CSNA3) foi exceção e fechou em alta de 0,6%.

- AZUL PN (AZUL4) e GOL (GOLL4) PN avançaram 6,79% e 2,05%, em meio a apostas de que a flexibilização das regras para evitar a disseminação do Covid-19 ajudará na recuperação das companhias, cujas ações afundaram em 2020 por causa da pandemia e ainda estão entre os piores desempenhos do Ibovespa no ano.

- HAPVIDA ON valorizou-se 1,4%, após divulgar que firmou instrumentos de arrendamento e de compra de participações de entidades de saúde nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, dentro da estratégia de expansão e consolidação nacional, incluindo a compra do Grupo Promed, em Minas Gerais.

- OI ON subiu 1,09% e OI PN avançou 5,96%, após conceder ao consórcio formado por TIM (TIMP3) Participações, Telefônica Brasil e Claro, cláusula 'stalking horse' no leilão de seus ativos móveis. TIM avançou 1,7% e TELEFÔNICA BRASIL PN fechou em alta de 0,27%. Também no radar esteve assembleia de credores da Oi (OIBR3).


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