Vendas do varejo crescem 3,4% em agosto, acima das expectativas

O volume de vendas do varejo restrito cresceu 3,4% em agosto frente a julho, já descontados os efeitos sazonais, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, as vendas do varejo atingiram o maior patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2000.
Foi o quarto mês seguido de alta do varejo restrito, após o choque inicial da pandemia sobre as vendas. A leitura ficou acima da mediana de +3,2% das projeções de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data. As estimativas iam de +1,2% a +8,6%.
Nos últimos meses, a recuperação do varejo surpreendeu positivamente os analistas. Um dos motivos para a rápida recuperação é a transferência de recursos do governo, como o auxílio emergencial. Em julho, por exemplo, o setor cresceu 5% frente a junho (dado revisado de alta de 5,2% anteriormente divulgada).
Quando comparado a agosto do ano passado, o varejo restrito apresentou alta de 6,1%. Desta forma, o setor acumula queda de 0,9% no ano e crescimento de 0,5% em 12 meses.
O IBGE também informou que a receita nominal do varejo restrito cresceu 3,9% em agosto, na comparação a julho, feito o ajuste sazonal. No confronto com agosto do ano passado, a receita nominal do varejo restrito apresenta alta de 5,9%.
Pelo conceito ampliado, que inclui as vendas de veículos e materiais de construção, as vendas do varejo cresceram 4,6% em agosto, ante julho, com ajuste sazonal. A expectativa dos analistas para esse indicador era de alta de 4,1% em agosto. O intervalo era de +2,1% a +6,5%.
Na comparação a agosto do ano passado, as vendas do varejo ampliado cresceram 7,6%. Com isso, o setor acumula queda de 5% no ano e alta baixa de 1,7% em 12 meses.
Já a receita nominal do varejo ampliado cresceu 5,2% em agosto, frente a julho. Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, a receita cresceu 7,7%.
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