Bradesco tem lucro recorrente de R$ 5 bilhões no 3º trimestre, queda anual de 23%

O Bradesco (BBDC4) informou há pouco que teve lucro recorrente de R$ 5,031 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 23,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A previsão dos analistas era de lucro recorrente de R$ 4,609 bilhões. O lucro contábil foi de R$ 4,194 bilhões, mostrando queda de 28,1%.
A margem financeira total do Bradesco alcançou R$ 15,288 bilhões entre julho e setembro, com queda de 8,4% em relação ao segundo trimestre e expansão de 3,5% frente ao terceiro trimestre do ano anterior.
A carteira de crédito expandida cresceu 0,5% no trimestre e 11,7% no ano, a R$ 664,414 bilhões. As despesas com provisões para perdas no crédito (PDD), incluindo baixas contábeis de títulos financeiros, subiram 67,5% na comparação com o terceiro trimestre do ano anterior, ficando em R$ 5,588 bilhões. Houve, porém, queda de 37,1% em relação ao segundo trimestre. A provisão extra para lidar com a crise do coronavírus no trimestre foi de R$ 2,6 bilhões.
A inadimplência caiu para 2,3%, de 3% no segundo trimestre e 3,6% no terceiro trimestre do ano anterior.
As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 8,121 bilhões no trimestre, uma queda de 3,6% ante igual período do ano anterior. Na comparação com o segundo trimestre, subiram 6,5%. Já as despesas operacionais caíram 5,7% na comparação interanual, a R$ 11,724 bilhões. Houve aumento de 2,3% frente ao segundo trimestre.
O resultado das operações de seguros, previdência e capitalização totalizou R$ 3,131 bilhões de julho a setembro, o que representa queda de 9,8% frente ao terceiro trimestre de 2019.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 15,2% no terceiro trimestre, de 11,9% no segundo e 20,2% no terceiro trimestre do ano passado. O índice de Basileia passou para 15,1%, de 15,0% e 13,9%, respectivamente.
O Bradesco informou ainda que suas provisões contra calotes (PDDD) somaram R$ 5,588 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 37,1% na comparação com o segundo trimestre e alta de 67,5% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.
No segundo trimestre o Bradesco havia feito uma provisão adicional de R$ 3,8 bilhões para lidar com os efeitos da pandemia de coronavírus, depois da provisão extra de R$ 2,7 bilhões feita no primeiro trimestre. Agora no terceiro trimestre, foram R$ 2,6 bilhões nessa linha.
“No terceiro trimestre nossos estudos internos, que são baseados em modelos estatísticos que capturam informações históricas e prospectivas, bem como a experiência da administração, e refletem nossa expectativa de perdas em diferentes cenários econômicos, indicam, neste momento, a necessidade de reforçar nossas provisões relacionadas ao cenário econômico adverso em um patamar inferior aos trimestres anteriores, preparando o banco para um cenário de aumento de inadimplência em 2021”.
Com o movimento, o Bradesco atinge um índice de cobertura de 398,2% para atrasos superiores a 90 dias, um recorde histórico que representa um aumento em relação ao nível de 299,5% em junho e 225,5% em setembro do ano passado.
Valor investe