Banco Central dos EUA mantém juros em zero e mantém estímulos fiscais

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve nesta quinta-feira (5) a sua taxa básica de juros entre zero e 0,25% ao ano, em decisão unânime.
A referência para empréstimos e rendimentos no mercado financeiro no país chegou a este nível em março deste ano, no estourar da crise da covid-19, após dois cortes emergenciais inéditos praticados pela autoridade monetária em menos de duas semanas.
O Fed informou, no comunicado da decisão, que a economia dos Estados Unidos continua a se recuperar, mas permanece abaixo dos níveis pré-pandemia, e salienta que a covid-19 cria "riscos consideráveis" às perspectivas econômicas.
O Fed voltou a dizer, no comunicado, que está "comprometido a utilizar todas as ferramentas para dar suporte à economia" e que avisou que sua participação no programa de recompra de títulos do Tesouro e hipotecários, em vigor também desde o início da crise, seguirá "pelo menos no ritmo atual, para manter o bom funcionamento do mercado".
Não houve ainda consenso entre a Casa Branca e e o Congresso americano em torno do pacote adicional de estímulo fiscal, o que deixa um peso desproporcional para a política monetária lidar os efeitos adversos da pandemia.
Desde abril, Powell vem repetindo que mais gastos federais serão necessários para sustentar a perda de renda de trabalhadores desempregados, empresas em setores duramente atingidos e governos estaduais e locais.
Às 16h30, o presidente do Fed Jerome Powell concede uma entrevista coletiva virtual. Na semana passada, o Fed anunciou refinamentos ao Programa de Empréstimos da “Main Street”, projetado para dar suporte a pequenas e média empresas. Powell pode ser questionado sobre se o Fed e o Tesouro irão estender esses programas, que vão expirar em 31 de dezembro.
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