Lucro da M. Dias Branco salta 97% no 3º trimestre, para R$ 265,4 milhões

A M. Dias Branco, maior fabricante de biscoitos e massas alimentícias do país, encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 265,4 milhões, valor 97,3% acima do lucro apurado no mesmo período de 2019.
O aumento no lucro foi associado ao crescimento nas vendas de biscoitos e massas, a ganhos de produtividade e a um ganho não recorrente de R$ 93,2 milhões de crédito tributário relacionado à exclusão do ICMS na base de cálculo de PIS e Cofins.
Dona de marcas como Adria, Fortaleza, Isabela, Vitarella e Piraquê, a M. Dias Branco registrou no trimestre uma receita líquida de R$ 2,03 bilhões, com crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
As vendas no Nordeste e no Norte, regiões onde a empresa já tem operações consolidadas, cresceram 26,9%. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde a M. Dias Branco busca ampliar a sua participação, as vendas cresceram 32,8% em receita.
As exportações aumentaram 276% no trimestre, para R$ 56,3 milhões, com aumento nas vendas de biscoitos, massas e margarinas na América do Sul e biscoitos e massas para os Estados Unidos.
Em volume, as vendas aumentaram 27%, para 558,6 mil toneladas. As vendas de biscoitos cresceram 21,2%, para 156,9 mil toneladas. A participação de mercado da companhia em volume de biscoitos vendidos chegou a 33,9%, com ganho de 0,7 ponto percentual.
As vendas de massas aumentaram 38,6%, para 122 mil toneladas. A participação de mercado da empresa na categoria ficou em 33,8%, com redução de 0,5 ponto percentual.
Em relatório, a companhia informou que o crescimento em ritmo acelerado deveu-se ao aumento das vendas em regiões inexploradas e a novos produtos lançados na categoria de biscoitos, entre outros fatores.
Os custos de produtos vendidos aumentaram 37,9%, para R$ 1,5 bilhão, com destaque para alta de 68% nos custos do trigo, de 68% nos preços do óleo, de 29,7% nos preços do açúcar e de 27,3% nos preços das embalagens.
As despesas operacionais recuaram 5,3%, para R$ 386,2 milhões. As despesas administrativas e de vendas, como percentual da receita, ficam em 24,1%, dois pontos percentuais abaixo do índice verificado um ano antes.
As receita financeira líquida cresceu 66,7%, para R$ 30,5 milhões, com ganhos relacionados a atualização monetária sobre créditos extemporâneos e variações cambiais.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), cresceu 74,4%, para R$ 328,0 milhões.
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