Ibovespa recua com realização de lucros e fecha abaixo dos 107 mil pontos

O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, após renovar máximas desde março na véspera, em meio a movimentos de realização de lucros, endossados pela correção negativa nos pregões norte-americanos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,05%, a 106.119,09 pontos. O volume financeiro somou 37,5 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Na véspera, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subiu a 107.248,63 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de março, algumas semanas antes das decretações de quarentena no país.
No exterior, novas informações favoráveis sobre vacina apoiaram o apetite a risco mais cedo, mas o fôlego foi perdendo força. Wall Street, que renovou recordes para o S&P 500 e o Dow Jones nesta semana, terminou no vermelho.
A Pfizer comunicou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que ela é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses.
A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e até 1,3 bilhão de doses em 2021.
De acordo com analistas, o mercado continua contrabalançando o noticiário mais positivo sobre uma vacina contra o Covid-19, que alimenta otimismo quanto à recuperação das economias, com o avanço de casos, principalmente nos EUA e Europa.
A quarta-feira teve também comunicado da Fitch Ratings reafirmando a nota de crédito soberano "BB-" para o Brasil, com perspectiva negativa, e chamando atenção para os riscos fiscais do país.
Ainda no Brasil, a B3 (B3SA3) anunciou que a partir de 2022 haverá pregão de negociação e liquidação regular na bolsa de valores em feriados municipais da cidade de São Paulo. Em 2021, nada muda, segundo calendário divulgado.
CONFIRA OS DESTAQUES:
- AMBEV (ABEV3) caiu 4,01%, entre as maiores perdas, refletindo realização de lucros. Ainda assim, no mês, ainda acumula elevação de quase 22%.
- BRADESCO (BBDC4) caiu 3,07%, também sofrendo com após recuperação em novembro. ITAÚ UNIBANCO (ITUB4) perdeu 2,44%. No mês, ainda contabilizam elevação ao redor de 22% cada.
- VALE (VALE3) recuou 0,78%, após renovar máximas históricas na véspera. Uma audiência entre representantes do governo e da mineradora sobre reparações pelo desastre de Brumadinho (MG) em 2019 na terça-feira não chegou a consenso. Uma nova reunião foi marcada para 9 de dezembro.
- MULTIPLAN (MULT3) cedeu 4,2%, com o setor de shopping centers, que também acumula ganhos em novembro, passando por uma correção como um todo. IGUATEMI (IGTA3) recuou 4,31% e BRMALLS (BRML3) fechou em baixa de 2,15%.
- PETROBRAS (PETR4) caiu 0,59%, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent subiu 1,4%, apoiado por expectativas de que a Opep e aliados adiem um plano para aumento de produção da commodity, além das esperanças associadas a uma vacina contra o coronavírus.
- BRF (BRFS3) avançou 3,09%, em sessão de alta do setor de alimentos e proteínas na bolsa paulista, com JBS (JBSS3) valorizando-se 2,03%, MARFRIG (MRFG3) subindo 2,42% e MINERVA (BEEF3) terminando em alta de 3,57%.
- COGNA (COGN3) avançou 5,34% e YDUQS (YDUQ3) subiu 5,32%, entre as maiores altas.
- GOL (GOLL4) PN valorizou-se 3,10%, tendo no radar que a autoridade de aviação civil dos EUA autorizou a retomada dos voos do Boeing 737 Max, usados pela companhia, embora a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda não tenha autorizado a volta das operações com o modelo no Brasil. No setor, AZUL (AZUL4) subiu 4,41%.
Por Investing.com