Publicado por Admin em 09/04/2021 às 18:05

Exterior respalda alta do Ibovespa na semana em meio a cenário doméstico frágil

Ibovespa fechou a sexta-feira com um declínio discreto, mas acumulou um desempenho positivo na semana, beneficiado por perspectivas favoráveis para a recuperação da economia norte-americana, mas também pela ausência de novidades negativas relevantes no Brasil.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 e o Dow Jones renovaram recordes nos últimos pregões após sinais melhores sobre a atividade e de que o Federal Reserve não está nem perto de reduzir seu apoio àquela economia. O país também acelerou o ritmo de vacinação contra a Covid-19.

A queda no volume financeiro negociado diariamente na bolsa em abril referenda os receios com o cenário doméstico, com a média neste mês em 27,4 bilhões de reais, contra 36,9 bilhões de reais em março, 38,6 bilhões de reais em fevereiro e 36,3 bilhões de reais em janeiro.

Estrangeiros também continuam mostrando saída líquida do mercado acionário secundário brasileiro, com o saldo em abril negativo em 47,7 milhões de reais até o dia 7. Em todo o mês anterior, o déficit foi de 4,6 bilhões de reais. Em fevereiro, as saídas superaram as entradas em 6,8 bilhões.

Ainda assim, o mercado de ofertas de ações - IPOs e follow-ons - continuou aquecido, com o calendário do mês incluindo a precificação de operações de empresas como Hospital Care, Caixa Seguridade, modalmais, Infracommerce, Blau Farmacêutica, Rio Alto Energia.

Nesta sexta-feira, o Ibovespa caiu 0,54%, a 117.669,90 pontos, mas acumulou alta de 2% na semana, assegurando desempenho positivo de 0,89% no mês e reduzindo a perda no ano para 1,13%.

Índice Small Cap avançou 0,27%, a 2.903,17 pontos, com alta de 4,62% na semana e 3,78% no mês. No ano, a performance está positiva em 2,86%

O volume negociado no pregão nesta sexta-feira somou 25,88 bilhões de reais.

DESTAQUES DO IBOVESPA NO MÊS:

- YDUQS (YDUQ3) avança 17,15%, buscando se recuperar após perda de quase 19% acumulada nos três primeiros meses do ano. Analistas com recomendação de compra para a ação citam entre os argumentos perspectivas positivas para a empresa de educação no longo prazo, embora os últimos dados conhecidos ainda tenham mostrado pressão em margens por maiores provisões e as expectativas no curto prazo contemplem efeito da pandemia de Covid-19 no ciclo de captação de alunos para 2021.

- EMBRAER (EMBR3) sobe 13,92%, dando continuidade à valorização desde o começo de fevereiro, que já totaliza uma elevação de mais de 80% em 2021. No mês passado, o presidente-executivo da fabricante de aviões, Francisco Gomes Neto, afirmou que a companhia está trabalhando ativamente em novas parcerias de desenvolvimento de produtos e espera fazer um anúncio em breve. Além disso, analistas têm destacado que indicadores antecedentes dos jatos executivos estão melhorando.

- CSN (CSNA3) valoriza-se 13,69%, tendo renovado cotações recordes, em meio um ambiente ainda favorável para os preços de aço, além de perspectivas de desalavancagem do grupo. Investidores também têm no radar a possibilidade de mais um IPO de uma de suas unidades, no caso, a de cimento. Em fevereiro, a companhia listou sua divisão de mineração. No setor, USIMINAS PNA (USIM5) sobe 12,28% e GERDAU PN (GGBR4) avança 2,98%.

- BRADESCO (BBDC4) recua 5,8%, em meio a ajustes após forte valorização em março, de 16,5%, sofrendo ainda com ruídos sobre aumento de tributação no setor e atraso na retomada da economia brasileira. No setor, ITAÚ UNIBANCO (ITUB4) contabiliza perda de 4,7%, após alta de 9,7% no mês anterior.

- ENERGISA UNIT (ENGI11) perde 5,04%, com o noticiário sobre a elétrica incluindo decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de adiar reajuste tarifário de empresas da companhia que atuam no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enquanto avalia saídas para conter uma tendência de forte aumento de custos para os consumidores neste ano. A companhia também anunciou que fará oferta pública de aquisição de ações (OPA) de emissão da Rede Energia Participações.

- QUALICORP (QUAL3) cai 4,74%, na esteira do resultado o último trimestre de 2020 divulgado no final de março, com queda na receita e no desempenho operacional medido pelo Ebitda ajustado e nas respectivas margens, com alguns analistas avaliando que ainda não viram um "ramp up" nos números de 2020 diante da nova realidade da companhia.

Por Investing.com


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