Lucro da Smiles cai 15,2% no primeiro trimestre

A Smiles (SMLS3) companhia de fidelidade da Gol, registrou um lucro líquido de R$ 47,7 milhões no primeiro trimestre, queda de 15,2% na comparação com igual período de 2020. Os dados, divulgados na noite desta segunda-feira, foram pressionados pela covid-19, cuja segunda onda comprometeu o processo de retomada do negócio.
“Infelizmente, após uma trajetória ascendente, com indicadores que melhoraram mês após mês, a segunda onda veio como um novo baque para o setor e nos fez, mais uma vez, ajustar a operação”, apontou a empresa, no documento que acompanha os resultados trimestrais.
O Ebitda da empresa (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre foi de R$ 67,17 milhões, queda de 21,9% na comparação anual. A margem Ebitda foi para 44,5%, contra 50,2% um ano antes. A receita líquida atingiu R$ 151 milhões, queda de 11,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2020.
O resgate de milhas apresentou queda de 21,7%. A empresa tem forte dependência da operação da Gol para vender bilhetes. A aérea reduziu significativamente sua malha por causa da segunda onda de covid-19.
Já o acumulo de milhas da Smiles apresentou queda de 25,8%. A empresa terminou o trimestre com um crescimento de 6% na sua base de clientes na comparação anual, totalizando 18,5 milhões de participantes no programa.
“Sabemos que ainda temos um longo caminho a percorrer, mas estamos confiantes de que essa nova fase da companhia é o começo de mais uma jornada de sucesso”, apontou o corpo diretor da empresa em comunicado, sobre a aprovação da incorporação da Smiles pela Gol.
O diretor-presidente da Smiles, André Fehlauer, destacou que a empresa já conseguiu ver algum sinal de recuperação no mercado em abril. O grupo teve seus negócios comprometidos no primeiro trimestre pela segunda onda de covid-19.
“Tivemos janeiro e fevereiro dentro do que a gente esperava”, disse, destacando que a Gol, reduziu sua oferta de voos em março, o que influencia também os resultados da Smiles. “Março foi um mês que sofremos, mas com menos intensidade do que em 2020. Já conseguimos ver sinais de recuperação em abril”.
A companhia registrou um lucro líquido de R$ 47,7 milhões no primeiro trimestre de 2021, queda de 15,2% na comparação com igual período de 2020. O executivo disse que há uma relação direta entre a procura por passagens no site da Smiles e o noticiário de novos casos e mortes por covid-19. “A gente acredita que retomada mais forte é no segundo semestre, com o avanço da vacinação”, disse.
Hoje, o principal foco do grupo é conseguir elevar o resgate de milhas, que apresentou queda de 21,7% no primeiro trimestre na comparação anual. Enquanto a retomada não chega, a empresa tem apostado em outros negócios, como o Shopping Smiles — plataforma on-line de venda de produtos e serviços.
Por Valor investe