Lucro da M. Dias Branco cai 89% no 1º tri, para R$ 15 milhões

O lucro líquido da fabricante de biscoitos e massas secas M. Dias Branco (MDIA3) caiu 89% no primeiro trimestre ante mesmo período de 2020, para R$ 15 milhões. O resultado é reflexo da queda expressiva de volumes de vendas no período e do elevado patamar de custos dos insumos.
A receita da companhia se retraiu 8,9%, para R$ 1,49 bilhão. “Subimos preços em janeiro porque os custos ainda estão elevados, mas o impacto do reajuste nos volumes foi acima do que estávamos esperando. O varejo se mostrou muito resistente ao aumento”, explicou Fabio Cefaly, diretor de relações com investidores e novos negócios, ao Valor.
O custo do produto vendido subiu 7,2%, para R$ 1,17 bilhão. O preço médio da tonelada de trigo pago pela M. Dias foi de US$ 241 em março, 23,5% a mais do que no mesmo mês do ano passado. O lucro bruto da companhia caiu de R$ 625 milhões para R$ 400 milhões, com a margem bruta passando de 38,2% para 26,8%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 47,4 milhões, 79% menos do que um ano antes. A margem Ebitda passou de 14% para 3,2% no primeiro trimestre de 2021.
Para os próximos trimestres, a companhia vai rever algumas estruturas, a começar pelo portfólio, que tem hoje cerca de 1000 itens (SKUs). Ao longo dos próximos dois trimestres, 137 SKUs (3% da receita) serão retirados do portfólio, reduzindo a complexidade da operação e melhorando a execução em toda a cadeia.
Também serão reduzidas as linhas de produção, de 113 para 106, e dois centros de distribuição serão fechados, ficando com 30. A companhia também fechou uma parceria de distribuição de produtos Piraquê com a Ambev, por meio da plataforma BEES, de vendas para clientes comerciais da cervejaria.
Por Valor investe