‘Agência Magalu’ será criada para marketplace do Magazine Luiza

O Magazine Luiza (MGLU3) está criando espécies de agências de serviço nas lojas, as “agências Magalu”, que passarão a operar recebendo produtos de lojistas de “marketplace” (shopping virtual), entregando aos clientes os itens comprados desses lojistas, e fazendo o armazenamento no ponto de venda, disse hoje o grupo a analistas. O Magazine tem 415 lojas com retirada de itens de lojistas do marketplace, de um total de 1,3 mil pontos, e planeja elevar esse número, mas para isso precisa rever a estrutura interna dos pontos.
Para isso, não está em discussão aumento do tamanho das lojas, mas reorganização das unidades e dos sistemas. Outras empresas concorrentes vêm trabalhando dentro dessa ideia e estudam projetos-piloto.
Para montar essa nova estrutura na loja, a empresa tem feito mudanças, disse o grupo ao ser perguntado por analista, em teleconferência pela manhã, sobre essa adaptação.
“Vamos aumentar o back office da loja para suportar mais categorias do 3P [itens de lojistas] e estamos revisando processos desse back office, e também para um sistema de armazenamento melhor. Vamos praticamente dobrar os itens em lojas e vamos ter itens ‘killers’ [produtos que atraem tráfego] nas lojas”, disse Fabricio Garcia, vice-presidente operacional e comercial.
Hoje, Magazine coleta e entrega com a própria malha logística aproximadamente 40% dos pedidos do marketplace.
O Magazine Luiza mencionou alguns dados do balanço hoje, relativos ao efeitos do fechamento dos pontos no primeiro trimestre. O CEO Frederico Trajano disse que teve 25% das lojas fechadas, em média, no primeiro trimestre. “Se todas as lojas estivessem abertas, seriam adicionados em venda R$ 750 milhões”, disse ele.
O Magazine Luiza apurou alta de 3,7% nas vendas da operação física no primeiro trimestre, e expansão de 114,4% no on-line (em cima de uma alta de 73% em 2020). Na soma total, digital e lojas avançaram 62,8%, para R$ 12,5 bilhões.
O lucro líquido cresceu oito vezes, para R$ 258 milhões, favorecido pelo ganho operacional — a receita líquida avançou em ritmo mais que o dobro das despesas. Ao se considerar o lucro descontando efeitos não recorrentes, o prejuízo de R$ 8 milhões vira lucro de R$ 81,5 milhões.
Por Valor investe