Gafisa supera prejuízo e tem lucro de R$ 12,9 milhões no 1º trimestre

A Gafisa (GFSA3) reverteu o prejuízo líquido de R$ 25,5 milhões do primeiro trimestre do ano passado e obteve lucro líquido de R$ 12,9 milhões de janeiro a março.
A companhia elevou a receita líquida em 137,3%, para R$ 170,1 milhões.
A média de avanço das obras, em curso, da Gafisa é de 70%. A parcela dos insumos contratados chega a 90%, segundo o vice-presidente de operações, Guilherme Benevides, o que possibilitou que a companhia não precisasse revisar orçamentos no trimestre.
Ainda assim, a margem bruta foi reduzida dos 28,5%, do período de janeiro a março do ano passado, para 22,7%. A margem bruta ajustada caiu de 37,3% para 27,1%.
A queda reflete realinhamento de preços e projetos, em função das condições de mercado, no segundo trimestre de 2020. “Reajustamos preços e readequamos estratégias de comercialização”, diz Benevides. O objetivo, segundo Ian Andrade, vice-presidente de finanças e gestão, foi dar mais liquidez aos imóveis.
Nos novos empreendimentos, ressalta o vice-presidente de operações, tem sido possível obter ganhos de margens.
Embora não tenha lançado projetos, no primeiro trimestre, a Gafisa registrou crescimento de 350,8%, nas vendas líquidas, para R$ 129 milhões. Enquanto as vendas brutas aumentaram 320,4%, para R$ 162,9 milhões, os distratos tiveram alta de 235%, para R$ 33,9 milhões.
A Gafisa tem três projetos em fase de pré-comercialização, que somam valor geral de vendas (VGV) de R$ 546,1 milhões. Os lançamentos começarão a ser feitos no fim deste mês.
A companhia mantém a meta de apresentar ao mercado de R$ 1,5 bilhão a R$ 1,7 bilhão neste ano. Segundo o vice-presidente de finanças e gestão, Ian Andrade, os custos de obras dos lançamentos a serem realizados pela empresa estão adequados às condições atuais dos insumos.
No primeiro trimestre, a Gafisa registrou repasses dos recebíveis dos clientes para os bancos no valor de R$ 56,7 milhões. Isso representa aumento de 68,5%, na comparação anual, mas queda de 20,6% ante o quarto trimestre de 2020.
A velocidade dos repasses foi impactada pelas restrições de funcionamento de cartórios, bancos e de circulação de pessoas.
Por Valor investe