B3 lucra R$ 1 bi no 1º tri, alta de 69%

A B3 registrou lucro líquido de R$ 1,02 bilhão no primeiro trimestre de 2020, alta de 69,1% frente os R$ 606,1 milhões em igual período do ano passado. Já o lucro recorrente teve alta de 57%, a R$ 1,156 bilhão. A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 1,91 bilhão, 38% superior frente os R$ 1,378 bilhão nos primeiros três meses de 2019.
Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) teve alta de 61,6%, a R$ 1,569 bilhão, levando a margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) a subir 12 pontos percentuais, passando de 70,4% para 82,4%.
“As incertezas geradas pela disseminação da Covid-19 durante o primeiro trimestre de 2020 provocaram intensa volatilidade nos mercados financeiros e de capitais mundiais. Nesse cenário turbulento, com aumento significativo de volume negociado nas plataformas de produtos listados e de balcão, testamos e demonstramos, sob condições extremamente adversas, a robustez de nossas plataformas tecnológicas e a solidez de nossos modelos de gerenciamento de risco como contraparte central.
A gestão da B3 durante esse cenário de stress permitiu que cumpríssemos nosso papel de infraestrutura de mercado e garantindo aos clientes da B3 a realização de seus negócios com segurança”, afirmou a B3 em seu release de resultados.
Segundo destacou no documento Daniel Sonder, Vice-Presidente Financeiro, Corporativo e de Relações com Investidores, os altos volumes transacionados nos mercados, decorrentes da volatilidade intensa no trimestre, foram traduzidos em sólido desempenho financeiro e forte geração de caixa, com receitas totais de R$2,1 bilhões e lucro líquido recorrente de R$1,2 bilhão, refletindo alavancagem operacional. No mercado de ações e instrumentos de renda variável listados, houve crescimento de 72,2% no volume financeiro médio diário negociado (ADTV) no mercado à vista de ações e de 70,3% no volume de contratos futuros de índice de ações. No mercado à vista, a alta reflete tanto o aumento de 12,4% da capitalização de mercado média quanto o maior giro de mercado, que atingiu 158,8% no trimestre.
A B3 ainda vê capex no ano entre R$ 300 milhões e R$ 330 milhões e vê o payout de dividendo no ano 120% a 150%. Ainda vê depreciação e amortização no ano de R$ 1,03 bilhão a R$ 1,08 bilhão.